quinta-feira, 4 de junho de 2009
Em cena
Cariocas, aproveitem!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Sobre o silêncio.
sábado, 23 de maio de 2009
Michel...
É, o acontecimento foi ontem, dia 22/05. Segundo Michel e um amigo, a Adidas, grande empresa alemã, mostrou seu lado "favorável" ao Nazismo.
A empresa organizou uma festa numa casa na Gávea, para convidados. Mas, coincidentemente ou não, a casa era dotada de símbolos que lembravam Hitler e seus seguidores.
Os azulejos da piscina eram desenhados com suásticas. Em um dos quartos da casa, havia um retrato a óleo de um militar nazista. E, no bar, encontrava-se um poster da "Hamburg Kriegsmarine" (Marinha alemã).
Realmente, não me contive em comentar tal fato. Expus a Melamed o que sinto.
E segue minha indignação:
"Nem tudo é perfeito. E o que um olhar analítico não é capaz de observar? Até as grandes empresas vacilam. Cultuar o Nazismo numa política tão libertina e tão liberal como é a do Brasil é um terrível paradoxo. Brasileiros (mestiços e multiculturais) exaltando um regime tão conservador e tão devastador? "É a selva brasileira", Melamed. Definitivamente, é o Brasil que eu amo, que eu odeio. O Brasil dos mulatos, caboclos e cafuzos. O Brasil dos católicos, dos judeus, dos macumbeiros, dos ateus. E, agora, o Brasil dos Nazistas. Seria o fim? Fica longe dessas suásticas, caro judeu. Até."
É, minha gente, mais uma vez eu digo "É a selva brasileira".
O pior é que há pessoas tão mesquinhas a ponto de defender a Adidas.
Mesmo que a casa tenha sido apenas alugada para a festa (foi o que eu soube), a empresa vacilou.
Mais informações?
Acesse: http://oglobo.globo.com/blogs/cuenca/ ou Blog do Michel Melamed.
Até,
Ana Paula
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Machado de Assis - Dom Casmurro
Pois nem tudo isso me matava a sede de um filho, um triste menino que fosse, amarelo e magro, mas um filho, um filho próprio da minha pessoa. Quando íamos a Andaraí e víamos a filha de Escobar e Sancha, familiarmente Captuzinha, por diferenciá-la de minha mulher, visto que lhe deram o mesmo nome à pia, ficávamos cheios de inveja. A pequena era graciosa e gorducha, faladeira e curiosa. Os pais, como os outros pais, contavam as travessuras e agudezas da menina, e nós, quando voltávamos à noite para a Glória, vínhamos suspirando as nossas invejas, e pedindo mentalmente ao céu que no-las matassem...
... As invejas morreram, as esperanças nasceram, e não tardou que viesse ao mundo o fruto delas. Não era escasso nem feio, como eu já pedia, mas um rapagão robusto e lindo.
A minha alegria quando ele nasceu, não sei dizê-la: nunca a tive igual, nem creio que a possa haver idêntica, ou que de longe ou de perto se pareça com ela. Foi uma vertigem e uma loucura. Não cantava na rua por natural vergonha, nem em casa para não afligir Capitu convalescente. Também não caía, porque há um deus para os pais novos. Fora, vivia com o espírito no menino; em casa, com os olhos, a observá-lo, a mirá-lo, a perguntar-lhe donde vinha, e por que é que eu estava tão inteiramente nele, e várias outras tolices sem palavras, mas pensadas ou deliradas a cada instante. Talvez perdi algumas causas no foro por descuido.

sábado, 16 de maio de 2009
Sherazade e as Mil e Uma Noites
Sherazade desde o início mostra a esperança da narração. Ela acredita que suas histórias possam desviar o rei de seu hábito. O rei Shariar simboliza uma pessoa completamente dominada por seus fracassos. Sherazade, a heroína, coleciona crônicas de pessoas antigas e poetas, lê livros de ciência, medicina, e sua improvisação na hora de finalizar uma história deixa aquele ‘’sabor de quero mais’’ na vida do rei. Uma mulher sábia, espiritualizada e de boa formação e linda! Além de tudo isso, Sherazade tinha um projeto político bem traçado, que foi libertar todas as mulheres do reino do terrível destino imposto pelo rei. O amor no lugar do ódio e da vingança, os prazeres do sexo e a criatividade de inventar uma história cada noite. Mil e uma noites de amor: uma mulher feliz e realizada e um homem que percebeu que valia a pena mudar de idéia em relação ao que pensava sobre as mulheres.
Fonte: Texto publicado em maio de 2008 no Jornal Voz da Terra, da cidade de Assis SP.

segunda-feira, 11 de maio de 2009
Conto - Clarice Lispector
Aí está ele, o mar, a mais ininteligível das existências não humanas. E aqui está a mulher, de pé na praia, o mais ininteligível dos seres vivos. Como o ser humano fez um dia uma pergunta sobre si mesmo, tornou-se o mais ininteligível dos seres vivos. Ela e o mar. Só poderia haver um encontro de seus mistérios se um se entregasse ao outro: a entrega de dois mundos incognoscíveis feita com a confiança com que se entregariam duas compreensões. Ela olha o mar, é o que pode fazer. Ele só lhe é delimitado pela linha do horizonte, isto é, pela sua incapacidade humana de ver a curvatura da terra. São seis horas da manhã. Só um cão livre hesita na praia, um cão negro. Por que é que um cão é tão livre? Porque ele é um mistério vivo que não se indaga. A mulher hesita porque vai entrar. Seu corpo se consola com sua própria exigüidade em relação à vastidão do mar porque é a exigüidade do corpo que o permite manter-se quente e é essa exigüidade que a torna pobre e livre gente, com sua parte de liberdade de cão nas areias. Esse corpo entrará no ilimitado frio que sem raiva ruge no silêncio das seis horas. A mulher não está sabendo, mas está cumprindo uma coragem. Com a praia vazia nessa hora da manhã, ela não tem o exemplo de outros humanos que transformam a entrada no mar em simples jogo leviano de viver. Ela está sozinha. O mar não é sozinho porque é salgado e grande, e isso é uma realização. Nessa hora ela se conhece menos ainda do que conhece o mar. Sua coragem é a de, não se conhecendo, no entanto, prosseguir. É fatal não se conhecer, e não se conhecer exige coragem. Vai entrando. A água salgada é de um frio que lhe arrepia em ritual as pernas. Mas uma alegria fatal – a alegria é uma fatalidade – já a tomou, embora nem lhe ocorra sorrir. Pelo contrário, está muito séria. O cheiro é de uma maresia tonteante que a desperta de seus mais adormecidos sonos seculares. E agora ela está alerta, mesmo sem pensar. A mulher é agora uma compacta e uma leve e uma aguda – e abre caminho na gelidez que, líquida, se opõe a ela, e no entanto a deixa entrar, como no amor em que oposição pode ser um pedido. O caminho lento aumenta sua coragem secreta. E de repente ela se deixa cobrir pela primeira onda. O sal, o iodo, tudo líquido, deixam-na por uns instantes cega, toda escorrendo – espantada de pé, fertilizada. Agora o frio se transforma em frígido. Avançando ela abre o mar pelo meio. Já não precisa da coragem, agora, já é antiga no ritual. Abaixa a cabeça dentro do brilho do mar, e retira uma cabeleira que sai escorrendo toda sobre os olhos salgados que ardem. Brinca com a mão na água, pausada, os cabelos ao sol, quase imediatamente já estão endurecendo de sal. Com a concha das mãos faz o que sempre fez no mar, e com a altivez dos que nunca darão explicação nem a eles mesmos: com a concha das mãos cheias de água, bebe em goles grandes, bons. E era isso que lhe estava faltando: o mar por dentro como o líquido espesso de um homem. Agora ela está toda igual a si mesma. A garganta alimentada se constringe pelo sal, os olhos avermelham-se pelo sal secado pelo sol, as ondas suaves lhe batem e voltam pois ela é um anteparo compacto. Mergulha de novo, de novo bebe, mais água, agora sem sofreguidão pois não precisa mais. Ela é a amante que sabe que terá tudo de novo. O sol se abre mais e arrepia-a ao secá-la, e ela mergulha de novo; está cada vez menos sôfrega e menos aguda. Agora sabe o que quer. Quer ficar de pé parada no mar. Assim fica, pois. Como contra os costados de um navio, a água bate, volta, bate. A mulher não recebe transmissões. Não precisa de comunicação. Depois caminha dentro da água de volta à praia. Não está caminhando sobre as águas – ah nunca faria isso depois que há milênios já andaram sobre as águas – mas ninguém lhe tira isso: caminhar dentro das águas. Às vezes o mar lhe opõe resistência puxando-a com força para trás, mas então a proa da mulher avança um pouco mais dura e áspera. E agora pisa na areia. Sabe que está brilhando de água, e sal e sol. Mesmo que o esqueça daqui a uns minutos, nunca poderá perder tudo isso. E sabe de algum modo obscuro que seus cabelos são de náufrago. Porque sabe – sabe que fez um perigo. Um perigo tão antigo quanto o ser humano.

quarta-feira, 6 de maio de 2009
A função da Arte
Eduardo Galeano

domingo, 3 de maio de 2009
Crítica - Homemúsica
Michel Melamed é sensação cult. Tem fileiras de fãs. Dezenas de comunidades no Orkut. Sites e blogs na internet com mais de mil visitas diárias. Programa na TV. É o Dom Casmurro da Rede Globo. E já rodou o mundo tomando choques e queimando dinheiro. Michel Melamed é um poeta dentro de um liquidificador de linguagens. Seu Homem-música Helicóptero voa baixo e distante… Seu som é um eco longínquo no segundo plano de um teatro deslumbrado e ansioso por, agora sim, Michel Melamed (!).
Capítulo 1 - Da contradição entre o sucesso e a provocação
Da poesia restam estilhaços cortantes; alguns fragmentos de músicas; um ou outro momento de puro lirismo… (daqueles que já se queixava Manuel Bandeira: sem qualquer sombra de libertação). E em programa enorme em branco… A ser preenchido? A afirmar o vazio metafísico da existência? Ou a lembrar as brancas torres de marfim? “E a cidade dizia: fudeu…” … de visceral fica só o tédio…
Enquanto escrevo essa crítica, da rua eu ouço um grito inconformado de uma menina ao celular:
“Só podia ser carioca!”
É a deixa mítica pra que se encerrem essas linhas…
70×40 de uma cartolina em branco representam quantos por cento de uma árvore?
Fonte: Publicado em 1, April, 2009 - Revista Bacante

sexta-feira, 1 de maio de 2009
Odisséia, de Homero - Penélope
O ato heróico de Penélope só pode ser reconhecido exclusivamente por ela. O segredo é que sustenta sua espera. Reclusa em sua atividade, apenas Penélope pode reconhecer a dimensão do seu ato, valorizando, assim, seu heroísmo, porque, afinal, só a ela cabe bordar e desmanchar os pontos, seu ato sempre inconcluso.
Há os que partem
E os que tecem,
Na urdidura das sombras
É Penélope
Mais astuta que Ulisses?
Quem dirá na surdina
Do heroísmo dos pontos,
O selvagem pontear
Das agulhas na carne?
São pontos de um bordado
Que não cresce
Que se renova apenas
Do que tece e destrói
Nos dedos que noturnos
Desenlaçam
O fio das meadas.
No entanto esta tarde é
Como um barco
Onde me ausento
De mim, de meus cansados
Molhes de pedra.
A angústia é meu timão,
Meu astrolábio
Nesta inquieta jornada.
Fonte: PENÉLOPE NA POESIA DE MYRIAM FRAGA: UM ARQUÉTIPO (DES)CONSTRUÍDO - Ricardo Nonato Silva (UFBA/FAPESB)
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Trecho de Entrevista – Michel Foucault
- A apreciação do silêncio é uma das numerosas coisas que um leitor, sem que se espere, pode aprender de sua obra. Você tem escrito sobre a liberdade que o silêncio permite, sobre suas múltiplas causas e significações. Em seu último livro, por exemplo, você diz que não existe apenas um, mas numerosos silêncios. Seria fundado pensar que há ai um potente elemento autobiográfico?
Fonte - "Michel Foucault. An Interview with Stephen Riggins", ("Une interview de Michel Foucault par Stephen Riggins) realizada em inglês em Toronto, 22 de jun de 1982. Traduzido a partir de FOUCAULT, Michel. Dits et Écrits. Paris: Gallimard, 1994, Vol. IV, pp. 525-538 por Wanderson Flor do Nascimento.

quinta-feira, 23 de abril de 2009
Um pouquinho de Psicanálise - Projeção
Freud escreveu:
“A caracteristica mais notável da formação de sintomas na paranóia é o processo que merece o nome de projeção. Uma percepção interna é suprimida e, ao invés, seu conteúdo, após sofrer certo tipo de deformação, ingressa na consciência sob a forma de percepção externa.”
"A hostilidade, da qual os sobreviventes nada sabem e, além disso, nada desejam saber, é expelida da percepção interna para o mundo externo, sendo assim desligada deles e empurrada a outrem."
“Quando atribuímos as causas de certas sensações ao mundo externo, ao invés de procurá-las (como fazemos no caso dos outros) dentro de nós mesmos, esse procedimento normal também merece ser chamado de projeção.”

terça-feira, 21 de abril de 2009
Sobre escrever
"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador."

domingo, 19 de abril de 2009
Frustrações, decepções e euforias
Tenho grandes euforias.
Amo e odeio apaixonadamente.
Uma vida intensa, difícil, saborosa!
Acho a vida uma grande aventura.
Espero que os idiotas me compreendam."
Samuel Rawet

sexta-feira, 17 de abril de 2009
Fragmentos Pré-Socráticos
"A natureza das coisas gosta de ficar escondida."

quinta-feira, 9 de abril de 2009
Ampliando horizontes
A partir de agora, o Faísca da Pororoca não se limitará mais somente a textos do Michel Melamed, nem a assuntos relacionados a ele. É necessário experimentar novas possibilidades, conhecer mais e ir além.
"Nós vos pedimos com insistência:

Tatiana B. e Ana Paula Raposo
sábado, 4 de abril de 2009
E ELE deveria se sentir assim...
Um beijo a ti também.

quarta-feira, 1 de abril de 2009
Homemúsica em 28/03/2009 - Renata
SOBRE O MICHEL: Muitíssimo atencioso e carinhoso com todos que estavam esperando por ele, no final, para tirar uma foto, conversar etc. Eu não sei o que me deu na hora, que eu simplesmente travei. Não consegui dizer nada! Até hoje me arrependo disso. Mas mesmo assim foi mágico. Tinha muita gente pra falar com ele, então não ia dar pra ficar conversando mesmo, uma pena! Depois que ele ja havia tirado foto com várias pessoas, ele veio em minha direção. Naquele momento eu só consegui dizer, com o programa na mão pra ele autografar: "Por favor?'' Eu não lembro muito bem como foi, pois estava muito nervosa. Ele pegou o programa, pensou um pouquinho e autografou, depois assinou o da minha irmã. Em seguida, pedi pra tirar uma foto, e ele, muito atencioso tirou, depois foi a vez da minha irmã. Daí depois eu o parabenizei, o cumprimentei dando as mãos, e com um beijinho no rosto. Depois me virei e saí do teatro com o coração na mão. Apesar do pouquíssimo tempo, foi umas das experiências mais incríveis de toda a minha vida! Cheguei em casa, e quando fui dormir, até sonhei com o dia que eu vivia sonhando em ter! Bom, é isso pessoal, foi tão legal que até fiz novas amizades! Amizades melamédicas!! Muito obrigada pelo espaço, e tomara que que venha muito mais Michel Melamed por aí!! Beijos!!!"


Renata, mega obrigada pelo texto, e continue acompanhando o Faísca.
terça-feira, 31 de março de 2009
Homemúsica em 28/03/2009 - Jéssica

Jéssica, obrigadíssima pelo texto, e continue acompanhando o Faísca.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Homemúsica em 28/03/2009 - Gabi
"Retórica dos admiradores de poetas, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que senti...
Estava louca para assistir à peça desde sua estréia, mas por problemas de tempo só fui conseguir agora.
Até para comprar os ingressos foi difícil! Como não tinha tempo de comprar, uma amiga se propôs a ir (Valeu, Rê!), mas quem disse que ela achava o Sesc? E fiquei nessa agonia , preocupadíssima que se esgotassem os ingressos. Mas, enfim, conseguimos! Nossos lugares eram na fileira da frente, mas como chegamos um pouco atrasadas (Até isso!), tivemos que nos sentar na fileira do fundo (Eu assistiria até sentada no chão!).
Homemúsica = MA-RA-VI-LHO-SO espetáculo! Impressionante a genialidade do Michel! A interpretação, as músicas, a cenografia, tudo perfeito! Me diverti muito, principalmente com o Show do Estupra!
Ao final da peça ficamos esperando pelo poeta. Passaram os dois músicos , baterista e baixista (Desculpe-me por não saber seus nomes!), dei parabéns para eles. Uns vinte minutos depois, chega o Michel. Eu congelei. Sorriu para todos, pôs a mochila em cima do balcão (Detalhe: Se não me engano sua escova de dentes estava quase caindo da bolsa!). Atendeu a duas meninas e logo depois à moça do depoimento abaixo, não é Myka? Realmente, quando ele começou a falar fez-se silêncio e ele soltou esse comentário. Todos rimos. Aí chegou a minha vez. Eu tremendo muito! Entreguei meu caderno a ele e pedi que autografasse, já que não conseguia achar Regurgitofagia. Ele respondeu que havia esgotado e mais alguma coisa que não lembro [Quando ele me dirigiu a palavra, congelei mais, por isso não me lembro bem o que ele disse!], mas acho que sobre outro livro e perguntei sobre uma nova edição de Regurgitofagia e ele disse que estava conversando com a editora e esperava que saísse sim. Entregou meu caderno: “Aqui está, senhorita.” Por fim dei parabéns pelo trabalho dele e disse que gostava muito. Ele falou muito obrigado e que eu era muito gentil. Tiramos as fotinhas [Ele todo paciente comigo e minha amiga, já que demoramos a conseguir segurar o celular sem tremer], agradecemos a ele e saímos.
Como queria ter dito mais coisas! Sobre como ter conhecido o trabalho dele me encantou, me abriu um mundo, sobre o que ele estaria planejando para o futuro, etc. “(...)chamei algumas palavras cá de dentro, e elas acudiram de pronto, mas de atropelo, e encheram-me a boca sem poder sair nenhuma.” *-*
Esse foi um resumão de um momento único pra mim. Só estando ao lado daquele ser inteligentíssimo, atencioso, simpático, ouvir seus comentários, entre outros, pra saber como é...
Espero vê-lo novamente. Michel, obrigada pelo “toda sorte e coragem” que você me escreveu."


Gabi, muitíssimo obrigada pelo texto, e continue acompanhando o Faísca.
Homemúsica em 28/03/2009 - Myka
A sensação de assistir a Homemúsica...
"De fato, um dos espetáculos mais intensos que tive o prazer de ver. Aliás, prazer é a palavra ideal pra expressar tudo o que vi e vivi ali. Depois do espetáculo, estava a espera de minha carona, quando o Sr. Melamed passou...Levantei-me, caminhei em sua direção como uma criança em direção ao parque. "Autografa meu programa? Ele sorriu..."Claro!". Enquanto eu soletrava meu nome, a quase multidão ao redor se calou; Ele suspirou: "Mykaellen, você fez o silêncio...Tenho que pensar e me inspirar pra escrever algo aqui pra você" Eu sorri! "Sabe, passei no teste de Dom Casmurro para o teatro com um texto seu..." Ele suspendeu a caneta por alguns segundos, com o rosto pasmo..."Mesmo? Que maravilha![...] Nossa, adorei sua camiseta". Meus Olhos brilharam..."Eu mesma fiz, é inspirada no teu Dom Casmurro; ia fazer uma pra você, mas não tive tempo". Na despedida: "Michel, isso aqui é pra você!" Lhe entrego um papel rabiscado de números e uma frase...és a outra metade do meu intelecto pessoalmente perdido. Ele sorri dizendo "Cara, tua camisa é demais! "No programa, a letra máscula gritava "Mykaellen, doçura e força = Michel""
Myka - 30/03/2009
Myka, super obrigada pelo texto, e continue acompanhando o Faísca.
sexta-feira, 27 de março de 2009
TELERJ
Nem para conchas
Nem para areia
Nem para gente
Nem para mar
O mar não está
Por favor, após o sinal eletrônico
Deixe seu recado
(Michel Melamed)

domingo, 22 de março de 2009
Mar em transe
Segue trancafiado
A cada onda um arrastar de correntes
Não há um só caminho, uma só bandeira
-mas um excesso de mastros
e hastes
e postes
e agulhas
e fósforos
e dedos em riste;
e vigas
e prédios
Tudo almeja o céu, espantalho
O mar?
Não.
Almeja mastros
e hastes
e postes
e agulhas
e fósforos
e dedos em riste;
e vigas
e prédios
O mar segue trancafiado e bem
Muito bem trancafiado
(Michel Melamed)
Regurgitofagia, página 121

BY: Jó Capistrano
quarta-feira, 18 de março de 2009
Fragmento de Homemúsica

terça-feira, 17 de março de 2009
Matéria sobre “Homemúsica”
A música como instrumento real de contestação
Com Homemúsica, Michel Melamed encerra sua trilogia sobre o Brasil
Ubiratan Brasil
A inquietação do ator, cantor, compositor e autor Michel Melamed chega à sua terceira parte: no espetáculo Homemúsica, em cartaz no Sesc Anchieta, ele encerra sua Trilogia Brasileira com idêntico grau de insatisfação misturada com bom humor. Se o primeiro, Regurgitofagia (de 2004), incentivava deglutir o que vem do exterior imposto como cultura e vomitar um conceito novo, mais adaptado à condição nacional, e o segundo, Dinheiro Grátis (2006), promovia um leilão em que não apenas bens materiais eram disputados, como também valores normalmente difíceis de avaliar como amor e lealdade, Homemúsica fecha o ciclo pregando a força da palavra, especialmente aquela dita por meio de uma canção. O espetáculo acompanha a trajetória de Helicóptero, jovem em que cada parte do corpo emite o som de um instrumento musical. Decidido a ganhar a vida como artista, ele segue para uma grande cidade a fim de participar do programa de maior audiência da TV brasileira: o Show do Estupra. As coisas, porém, não acontecem como previstas e, em vez do reconhecimento, Helicóptero encontra o amor e, então, o desamor. "E há melhor tema para uma canção?", questiona Melamed. Basta ter uma ligeira intimidade com seu trabalho para concluir que Melamed é visceral no que apresenta - a invisível quarta parede que separa público do palco normalmente é quebrada por formas vibrantes de comunicação. Em Regurgitofagia, o ator tinha o corpo atado a vários cabos que, a qualquer emissão de som no teatro, emitiam choques elétricos. Já Homemúsica rompe outra fronteira, a que separa a encenação de uma peça de um show musical. Acompanhado por um power trio (guitarra, baixo e bateria), Melamed assume a guitarra e os vocais para apresentar canções de sua autoria, parcerias, além de versões de Manu Chao e New Order. E, para reforçar a condição de homem-orquestra do personagem Helicóptero, o ator se abastece ainda de uma infinidade de instrumentos musicais, imagens e engenhocas sonoras, como um equipamento eletrônico que o envolve e emite sons de percussão conforme batuca no próprio corpo. Ao fundo, um enorme telão projeta palavras e imagens, que dialogam com o discurso de Melamed e suas apresentações musicais. Aí está sua mais precisa e envolvente arma - por meio de um discurso eloquente e quase sempre engajado, ele não apenas promove um casamento entre linguagens diversas (teatro, literatura, poesia, tecnologia, artes plásticas, música e o que a inspiração do dia produzir) como coloca a plateia em contato direto com o espetáculo, em uma interação voluntária e nada constrangedora. Como a música é componente essencial da cultura do brasileiro, Melamed sabe que a adesão é fácil e quase imediata. Cultor da palavra, ele se dedicou integralmente à minissérie Capitu, exibida pela Globo no ano passado, inspirada em Dom Casmurro. Como Bentinho na fase adulta, ele passeou com versatilidade entre as envolventes palavras de Machado de Assis pelo simples fato de ser um leitor voraz desde a adolescência - assim, as frases despontam aos borbotões de sua mente, todas proferidas como se fossem definitivas. A entrega total à minissérie (durante oito meses, chegou a trabalhar durante 16 horas por dia, com apenas uma folga na semana) atrasou a estreia de Homemúsica em São Paulo - inicialmente, estava prevista para o início do ano passado. Retardou também o lançamento de um CD e de um livro, ambos baseados no espetáculo. Mas Michel Melamed não se dá por vencido. Encerrado esse ciclo, ele já se prepara para a nova fase, ainda não definida em sua mente. Se já não escreve mais compulsivamente como antes, quando não passava um dia sem rascunhar algo em um guardanapo, Melamed mantém intacta a inquietação de quem observa os problemas do mundo com o olhar de artista - e, como tal, tem a melhor solução para tudo.
Serviço
Homemúsica. Teatro Anchieta Sesc Consolação. Rua Dr. Vila Nova, 245, tel. 3234-3000. 6.ª e sábados, 21 h; domingos, 19 h. R$ 20. Até 29/3.

sexta-feira, 13 de março de 2009
Regurgitofagia

terça-feira, 10 de março de 2009
Feliz Vida, Feliz Você!
O Mundo parou alguns instantes. Valsou no choro marcante. Abriu-se, acolheu, disse: Bem-vindo à vida!
E assim, ficou. Nasceu, viveu, Amadureceu.
Vamos brindar. Então, alegria! Levante, cante, sorria!
A vida não para. O tempo não para.
Portanto, tenho muito, MUITO a desejar.
Em seguida, que Iemanjá, a Rainha do Mar, beije teu coração e te permitas AMAR e SER AMADO (Que o amor não seja incondicional; que o amor não seja porco e nem te arrote na cara. Mas que seja um amor intenso, verdadeiro, duradouro).
Depois, volto a ‘D’us’ e desejo que ele segure tuas mãos e faça com que elas sejam capazes de segurar um lápis, uma caneta, uma pena e manuscrever, deliciosa e harmonicamente, vogais e consoantes intensas.
E, então, que Moisés te dê forças para caminhar, sem desanimar, por tua estrada literária da vida.
Enfim, desejo que essa “Trilogia” esteja eternamente contigo.
Um beijo de vontade. Um beijo de desejo. Um beijo de verdade, outro beijo no teu queixo.
Um beijo de mel. Um beijo cruel. Um beijo molhado. Um abraço apertado. Um suspiro dobrado. Um beijo do Céu.
Um beijo de feitiço. Um beijo alagadiço. Um beijo-sumiço. Um beijo... Hálito Mestiço.
Um beijo carinhoso em teus olhos, ou somente um beijo afetuoso,
Ana Paula Raposo
Feliz aniversário Michel Melamed
PARABÉNS MICHEL
Hoje estamos aqui para te desejar um dia feliz,
pois hoje realmente é um grande dia,
afinal de contas mais 365 dias se passaram na tua vida
e com eles vieram novos sonhos,
novas conquistas e também novos projetos de vida.
Fazem alguns anos que Deus te enviou a terra
para iluminar a todos com a tua presença,
e neste dia mais que especial que evidencia a tua chegada ao mundo,
palavras não bastam para te homenagear,
você é uma obra preciosa que Deus criou
e revestiu com muitas e boas qualidades,
uma grande pessoa que admiramos e queremos muito bem.
É muito bom saber que você existe
e que de alguma forma, estápresente em nossas vidas.
Que você caminhe sempre em busca do sucesso,
alcançando um futuro amplo,
se aperfeiçoando e prosperando ainda mais.
Te desejamos simplesmente um
FELIZ ANIVERSÁRIO.
beijos afetuosos e estalados de todos que fazem parte do BLOG MELAMÍDICOS.

BY:JÓ CAPISTRANO
Um vazio...
Um outro alguém. Tocando, cantando, falando.
O vôo estava confirmado.
A roupa que usaria para ir ao Espetáculo, devidamente dobrada, arrumada.
Guardada na mala.
A mala, pronta. Fechada.
Carteira de identidade, Carteira de estudante... de mãos dadas.
A ansiedade.
Um sonho.
Não realizado. Quebrado. Furado. Parado.
Culpa de quem?
Culpa de que?
Deus escreve certo por linhas tortas?
Vai saber.
*E bem, e o Resto?
O resto é saber,
se um dia há de ter,
em que poderei ver
um Ser
que me dá prazer.
*Vamos à História dos... esquece.
Melhor é ir mesmo ao Aniversário dele.
Um beijo sem forças,
Aninha
segunda-feira, 9 de março de 2009
Homemúsica em 08/03/2009
Ele é muito simpático, muito bacana, multitalentoso e merece fazer cada vez mais sucesso. A peça é otima, vale a pena.
Um abraço a todas, em especial para Ana Paula Raposo, que é uma das pessoas mais bacanas que já conheci.
Tatiana B.
domingo, 8 de março de 2009
Feliz Dia da MULHER
Jóoooooo... Eu fui..... Meu, o cara é muuuuuuuto louco, a peça é loucuuuura pura, muito massa!!!! Estou te mandando as fotos que consegui tirar com celular, ele demorou um pouco pra aparecer após a peça, tava tomando banho, apareceu com o cabelo molhado, tinha umas 20 pessoas eperando para falar com ele, dá os parabéns, a atriz global Leandra Leal e mais duas atrizes que não lembro o nome estavam esperando também, ele falou direto com elas e agradeçeu a presença da Leandra, durante tudo isso ele tava com meu livro (Regurgitofagia) na mão que eu dei pra ele autografar, ele inclusive ficou bem surpreso de eu ter o livro e perguntou onde eu havia comprado porque nem ele tem mais o livro, daí eu falei que foi num sebo, ele adorou, daí em seguida eu dei minha caneta pra ele autografar e ele ficou com o livro e a caneta na mão ali de pé e dando atenção pra alguns, eu pedi pra a Leandra Leal tirar uma foto minha com ele e ela muito gentilmente tirou e deu bronca nele pra ele parar de falar um pouco e posar pra foto comigo e meu marido, ele é um amor atenciosíssimo, escuta o que vc fala sabe, chega perto pra falar, num tem nada de estrela, é gente fina mesmo, só que ele fala compulsivamente, daí eu falei do Blog e ele imediatamente disse me olhando nos olhos, que conhece o Blog, falei que quem mantem o Blog é a Jó e a Aninha e que vcs escrevem coisas belíssimas e discutem sobre alguns textos dele, enfim, que acompanha a carreira dele, ele adorou.Falei que nós participamos da entrevista na TV Uol e que ele respondeu algumas perguntas nossas e aproveitei pra dizer que ele não respondeu a pergunta q eu havia feito, sobre o projeto em que ele está trabalhando, ele só pode me garantir que é pra TV, daí eu pergutei se era p/ TV aberta ele disse que sim.Para finalizar disse que gosto muito do trabalho dele, perguntei se ele pretende voltar em SP com Regurgitofagia e Dinheiro Grátis ele disse que acha que não , que quer encerrar a trilogia com essa temporada em SP de Homemusica. Ele está muuuuuito cansado, disse que trabalha sem parar já a algum tempo, (ele disse que ainda está em dezembro de 2007), que de lá pra cá ele só trabalha, tá magro e cansado, com olheiras, tipo o dom casmurro mesmo sabe....rsPoxa achei legal ele dá toda esa atenção pra gente, ficar ali de pé na porta do sesc convesando e fumando, porque tinha gente lá que é conhecido dele, que vinha dava um abraço nele apertava a mão falava com certa intimidade mas ele ficou ali falando com a gente sem pressa de encerrar o assunto, foi legal, eu me surpreendi, achei que o Moço era mais estrela e não é nada.Pra encerrar dei os parabéns pelo niver dele um ABRAÇO ele é muito caloroso o cara é uma figura.ah! o autógrafo é um capítulo a parte, ele decompôs meu nome e do meu marido Marcos e escreveu uma frase para cada um que tem haver com as sílabas do nome da gente, bem legal, tirei foto do autógrafo tb...boba né...só pra vc ver como é, . Bom Jó deixa eu ir dormir, mnina já são 3h da madruga. Um bjão bem grandão pra vcs. Se lembrar de mais detalhes te escrevo! bye
Ser mulher


BY: Jó Capistrano
sexta-feira, 6 de março de 2009
Chat UOL com Michel Melamed, dia 05/03/09
Segue as perguntas das seguidoras, amigas, parceiras deste blog:
(03:21:17) Michel Melamed: Jó e Ana pAula, as expectativas são da vida, que seja maravilhoso, que seja encantador, que eu me sinta feliz e que as pessoas quando verem o espetáculo possam receber algo daquilo. Quanto a mudança de público tem que esperara estréia do espetáculo. Mas não acredito que seja este o ponto, quer dizer, eu já vinha de um trabalho de teatro, tem pessoas que já me conhecem. São Paulo especificamente é uma cidade muito generosa e rica no tocante ao teatro, tem uma cena muito forte, as pessoas acompanham esta cena. Espero que tudo contribua para este encontro com o público na apresentação do trabalho. Sobre voltar ao teatro, várias frases muito lindas falam disso, mas não existe volta, tudo é outro. Estamos voltando o tempo todo. Tudo é outro. Uma das delícias e dos abismos do teatro é estar todos os dias disponível para reconstruir aquela história, para vivê-la novamente e ela é outra.
(03:32:12) Michel Melamed: hiandra, tenho um projeto, mas não posso contar agora, estou no meio de um trabalho, trabalhando na parte criativa, desenvolvendo o formato. Ainda estou conversando, não tem sentido falar porque ainda não é real. Sobre o CD e livro da peça, tem o livro no qual o espetáculo é baseado, mas ainda não terminei. Preciso de um momento idílico só para o livro. E o CD está na metade do caminho.
Então foi isso meninas...até o próximo estaremos lá com certreza... Pra quem quiser assistir ao video aqui está o link: http://tc.batepapo.uol.com.br/convidados/arquivo/teatro/ult1759u422.jhtm Obrigada por compartilharem conosco estes momentos e este espaço. Milhares de beijos..
BY: Jó Capistrano
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Michel na TV Uol

A maioria dos Melamídicos de plantão que acompanham o blog , as atualizações e o chat do blog já estão bem informados mais vale a pena deixar registrado aqui
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Um Soneto...
Primeiro: “Oh, flor do céu! Oh, flor cândida e pura!”
Último: “Perde-se a vida, ganha-se a batalha!”
Entretanto, por mais que se esforce, não consegue encontrar Decassílabos ou Brancos para formar a sustentação de tal Poema. E, acaba por desistir de levar o Soneto adiante.
Segue o trecho do livro:
“Pois, senhores, nada me consola daquele soneto que não fiz. Mas, como eu creio que os sonetos existem feitos, como as odes e os dramas, e as demais obras de arte, por uma razão de ordem metafísica, dou esses dois versos ao primeiro desocupado que os quiser. Ao domingo, ou se estiver chovendo, ou na roça, em qualquer ocasião de lazer, pode tentar ver se o soneto sai. Tudo é dar-lhe uma idéia e encher o centro que falta”.
Pois tal é o jogo que lhes proponho. Complete o Soneto com versos centrais que faltam.
De minha parte, desconheço métricas e rimas, mas vou me arriscar.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
CONFIRMADA TEMPORADA DE HOMEMÚSICA EM SÃO PAULO
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Ourives de Palavras
Fico atônita todas as vezes que, não somente leio, mas vejo e ouço o Pós-Poeta.
E, nesses últimos dias, dois dos escritos dele não pararam de se revirar dentro de meu espírito. A ‘Fábrica de Porcos’ e o trecho do Curta ‘Brasília 18%’, a toda hora, estalaram em mim. Algumas palavras se repetiram com mais freqüência, outras alfinetaram meu pensamento. Deixaram-me, como sempre, inquieta.
A porquidão se conectou à “selva brasileira, minha gente” e enxerguei a bandidagem política na Fábrica de Fazer Porcarias.
A realidade da política brasileira me indigna e não me faz pensar em outro aspecto senão como sendo, ela mesma, uma Produtora de Imundícies.
Assim, nessa visão espurca da politicagem e oscilando entre o lado bom e o ruim de nosso País, resolvi pesquisar outros escritos e/ou falados de Michel sobre assuntos parecidos.
Encontrei dois trechos de duas entrevistas que ele deu a dois Jornais.
Compartilho, então, com vocês esses trechos e peço para que expunham seus pensamentos sobre tal.
“Estamos doentes. Vemos, diariamente, nas primeiras páginas de jornais atitudes inaceitáveis. Andamos pela rua e não há indícios de civilidade. E todos saem impunes. Mas tenho a sensação de que o Brasil, em vez de ser tratado como um doente grave, é encarado como um país MORTO. Como um cadáver insepulto. Existe uma sensação generalizada de que nada pode ser feito. Quero acender uma faísca, uma carta de amor ao Brasil POSSÍVEL.”
Michel Melamed para o Jornal do Brasil em 3 de setembro de 2007
“Estou dividido entre o Brasil que amo e o Brasil que não suporto. O Brasil das milhões de maravilhas, da música rica que gera interesse, do orgulho compartilhado com todas as artes, de todos os clichês. Do país da mulher bonita, do clima fantástico, das riquezas naturais, do astral do povo. O Brasil das máfias em TODOS os segmentos, da violência diária na qual todo mundo é uma merda. Qualquer um chuta qualquer um e nada acontece.”
Michel Melamed para o Correio Braziliense em 2 de agosto de 2007
Um beijo mélico,