Queridos leitores, no capítulo 55 de Dom Casmurro de Machado de Assis, Bentinho apresenta o primeiro e o último verso de um suposto Soneto:
Primeiro: “Oh, flor do céu! Oh, flor cândida e pura!”
Último: “Perde-se a vida, ganha-se a batalha!”
Entretanto, por mais que se esforce, não consegue encontrar Decassílabos ou Brancos para formar a sustentação de tal Poema. E, acaba por desistir de levar o Soneto adiante.
Segue o trecho do livro:
“Pois, senhores, nada me consola daquele soneto que não fiz. Mas, como eu creio que os sonetos existem feitos, como as odes e os dramas, e as demais obras de arte, por uma razão de ordem metafísica, dou esses dois versos ao primeiro desocupado que os quiser. Ao domingo, ou se estiver chovendo, ou na roça, em qualquer ocasião de lazer, pode tentar ver se o soneto sai. Tudo é dar-lhe uma idéia e encher o centro que falta”.
Pois tal é o jogo que lhes proponho. Complete o Soneto com versos centrais que faltam.
De minha parte, desconheço métricas e rimas, mas vou me arriscar.
Primeiro: “Oh, flor do céu! Oh, flor cândida e pura!”
Último: “Perde-se a vida, ganha-se a batalha!”
Entretanto, por mais que se esforce, não consegue encontrar Decassílabos ou Brancos para formar a sustentação de tal Poema. E, acaba por desistir de levar o Soneto adiante.
Segue o trecho do livro:
“Pois, senhores, nada me consola daquele soneto que não fiz. Mas, como eu creio que os sonetos existem feitos, como as odes e os dramas, e as demais obras de arte, por uma razão de ordem metafísica, dou esses dois versos ao primeiro desocupado que os quiser. Ao domingo, ou se estiver chovendo, ou na roça, em qualquer ocasião de lazer, pode tentar ver se o soneto sai. Tudo é dar-lhe uma idéia e encher o centro que falta”.
Pois tal é o jogo que lhes proponho. Complete o Soneto com versos centrais que faltam.
De minha parte, desconheço métricas e rimas, mas vou me arriscar.
...ai, ai, ai...Poetisas!!!...como é que uma edufilósofa vai melamedisar versos???
ResponderExcluirPreciso fazer uma viagem ao País do espelho da Alice!! ... bjus
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOh! flor do céu! oh! flor cândida e pura!
ResponderExcluirFlor que enfeita minha vida e o mundo,
Feliz eu sou, segundo por segundo,
Pois vivo a cantar tua formosura.
Não me feres por seres assim, fria:
Sou poeta, sou capaz de ver beleza,
De sentir a obra-prima, a natureza
Do que me faz viver a fantasia.
Por isso, vejo em ti o que não vês,
Creio que em ti há o que não crês
E minha pena só por ti trabalha.
Meu prêmio irá me dar o céu, eu sei.
Tu serás minha, lá, e eu te direi:
"Perde-se a vida, ganha-se a batalha
Tentei elaborar apenas um ou dois versos para completar a primeira estrofe. Queria ter o prazer de vê-las completando o Soneto aos poucos.
ResponderExcluirMas, aconteceu o que eu não esperava. De um ou dois versos, saiu o Soneto completo.
Escrevo a seguir para vocês...
"Oh, flor do céu! Oh, flor cândida e pura!
Quisera eu cobrir-me com teu véu
Quisera eu provar de tua doçura
Mas, eis que nem em ti pude tocar.
Oh, flor divina! Oh, flor de pétalas cristalinas!
Deixa-me em ti chegar,
Deixa-me em ti encostar,
Prometo ser-te delicado para te guardar.
Oh, flor verdadeira! Oh, flor delicada e primeira!
Por que não me hás de escutar?
Para conseguir tua franqueza terei que lutar?
Oh, flor real! Oh, flor grande e colossal!
Me machucas, mas não me matas
Ganha-se a vida, perde-se a batalha!"
(Ana Paula em 13/02/09)
bom, depois de pensar um pouco, ler novamente o trecho do livro e rabiscar umas 3 folhas num bloco...cheguei a isto:
ResponderExcluir"Oh, flor do céu! oh, flor candida e pura
Do céu desce e me perturba a alma
Pudera eu encontrar a cura
Para esta dor que me tira a calma
Deitado a olhar para este teto mudo
Busco palavras que possam expressar
Que tal flor para mim é tudo
Tudo que hoje domina meu pensar
Já exausto me sinto dominado
Pela força de uma flor tão pura
Pela beleza deste ser amado
Esta flor a minha alma retalha
pudera eu encontrar a cura
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!"
Rose Cardoso